Senhor, o teu amor envolve-me. Amaste-me no começo da minha existência, amas-me no decurso da minha vida, e continuarás a amar-me eternamente. Obrigado, Senhor, porque pensaste em mim. Obrigado por me teres amado e continuares a amar. Obrigado pelos dons com que me cumulaste. Obrigado por tudo quanto pensaste para mim. Obrigado pela estima que me dedicas. Obrigado porque me fizeste livre, e continuas a respeitar a minha liberdade, mesmo quando a uso mal. Obrigado, sobretudo, porque não me queres objecto passivo da tua generosidade, mas fazes depender tudo do meu “sim” de amor. Atrai-me para Ti, para que possa ser a tua alegria e a tua glória. Amen.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
28º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Mc 10,17-30)
Neste texto do Evangelho, Jesus aponta três
requisitos fundamentais que devem ser assumidos por quem quiser integrar a
comunidade do Reino: não centrar a própria vida nos bens passageiros deste
mundo; assumir a partilha e a solidariedade para com os irmãos mais pobres; e
seguir o próprio Jesus no seu caminho de amor e de entrega.
Apesar de toda a sua boa vontade, o homem não
está preparado para a exigência deste caminho e afasta-se triste. Marcos
explica que ele estava demasiado preso às riquezas e não estava disposto a
renunciar a elas. O homem de que se fala nesta cena é um piedoso observante da
Lei; mas não tem coragem para renunciar às seguranças humanas, aos bens
terrenos que lhe escravizam o coração.
A sua incapacidade para assumir a lógica da
partilha, do amor, da entrega, tornam-no inapto para o Reino. O Reino é
incompatível com o egoísmo, com a lógica do “ter”, com a obsessão pelos bens
deste mundo.
O “caminho do Reino” é um caminho de
despojamento de si próprio, que tem de ser percorrido no dom da vida, na
partilha com os irmãos, na doação de si mesmo, na entrega por amor. Ora, quem
não é capaz de renunciar aos bens passageiros deste mundo não pode integrar a
comunidade do Reino.
Na segunda parte do texto, os discípulos
recordam a Jesus que deixaram tudo para o seguir. Os discípulos de Jesus não
escolhem a pobreza porque a pobreza, em si, é uma coisa boa; nem deixam as
pessoas que amam pelo gosto de deixá-las… Mas, é em vista de um bem maior que é
o seguimento de Jesus e o anúncio do Evangelho. Jesus confirma a validade desta
opção e assegura aos discípulos que o caminho escolhido por eles não é um
caminho de perda, de solidão, de morte, mas é um caminho de ganho, de comunhão,
de vida.
Esta opção dos discípulos será sempre
incompreendida e recusada pelo mundo. Mas, aconteça o que acontecer, os
discípulos devem estar conscientes de que a opção pelo Reino e pelos seus
valores lhes garantirá uma vida plena e feliz nesta terra e, no mundo futuro, a
vida eterna.
Jesus avisa aos discípulos que o “caminho do
Reino” é um caminho contra a corrente. Quantas vezes as nossas opções cristãs são
criticadas, incompreendidas, e taxadas de fora de moda?
E nós, seguidores de Jesus, queremos de
verdade viver numa atitude de esvaziamento, de doação, de entrega gratuita a
Deus e aos irmãos?
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