segunda-feira, 27 de junho de 2011

"PERMANECEI NO MEU AMOR"

“Permanecei no meu amor.”

Amar e sentir-se amado é uma das aspirações mais profundas, mais importantes e mais urgentes da vida de uma pessoa. Não amar e não ser amado produz sempre um mal-estar incurável, que pode descambar na depressão, na solidão e no abandono.
No evangelho de São João 15-9-11 nos ensina que existe um amor que supera todo tipo de amor existente no mundo e que é capaz de curar qualquer mal interior ou exterior que possa existir no ser humano.

Trata-se do amor que Jesus tem por nós. É o máximo que alguém poderia desejar e esperar, por dois motivos: em primeiro lugar porque Jesus, como Filho de Deus, é uma fonte inesgotável de amor. Em segundo lugar, porque a sua vida como Deus-homem foi o modelo mais perfeito que possa existir na arte de amar.

E o evangelho fala justamente disso: que Jesus nos oferece a medida do amor, quando afirma que seu amor é capaz de dar a vida pelos amigos. Ele deu a sua vida a ponto de ser humilhado na carne e deixar-se imolar no patíbulo da cruz.

Essa foi a maneira que Ele encontrou para nos ajudar a mergulhar novamente no coração do próprio Deus. Pagou com a própria vida o preço do nosso resgate. Assim, podemos compreender o apelo que Ele nos faz hoje: “permanecei no meu amor”. Nesse apelo estão traduzidas a grandiosidade e a perfeição do amor: “Como o Pai me amou, assim também Eu vos amei”.
Este dom sem medida é a condição indispensável para viver em comunhão com Jesus, mas é também de onde tiramos a força interior para observar os seus mandamentos, não por medo ou por temor, mas porque nos convencemos de que a sua proposta é o melhor para nós.
Como o amor que nos é doado é da mesma natureza e da mesma intensidade com que Deus Pai e seu Filho vivem a intimidade divina, assim também a nossa obediência a Cristo deve ter as mesmas características daquela pratica por Jesus em relação a Deus, seu Pai.

Da consciência de ser amados e da certeza de que somos capazes de amar, brota a verdadeira alegria no coração do homem: “isto vos disse para que a minha alegria esteja em vós e vossa alegria seja plena”. Ou seja, no coração dos servos obedientes habitará a própria alegria de Cristo. É por isso que São Paulo pode dizer: “já não ou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.

Jesus nos amou da mesma forma que o Pai amou a Ele. Sendo Deus, Jesus não teria outra forma de nos amar que não fosse a mesma que a do Pai: um amor puro, verdadeiro e concreto, que não depende de uma acção em contrapartida do ser amado... Um amor que muitas vezes nós, apenas seres humanos, não conseguimos descrever ou compreender, apenas se deixar envolver por ele...
Diante disso Jesus nos faz um pedido: “Permanecei no meu amor.”

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Kenny G - The Moon Represent my Heart

Sereis santos, porque eu sou SANTO” (Lev. 11,45).

Ser santo é ser dócil para “deixar-se conduzir” pelos impulsos de Deus, por onde muitas vezes não sabemos e não entendemos. Seus caminhos não são os nossos caminhos. Este “deixar-se levar” pela mão providente de Deus é uma ousadia. Na vida espiritual a liberdade tem que ser ousada, mas a maior ousadia é “deixar-se levar”.

O mundo moderno exige uma nova forma de santidade: a santidade da “vida quotidiana”, da resposta à Providência divina em meio às rotinas do tempo, uma caridade tecida nos pequenos gestos cotidianos.

Surge a imagem de um(a) santo(a) que é filho(a) do momento e da situação presente... cujo agir se processa no mundo em que está encarnado. Não é o trivial ou o excepcional que distingue a santidade do ato: o que importa é sua correspondência à Vontade de Deus expressa na situação concreta.

O(a) inaciano(a) que passou pela experiência dos Exercícios, é aquele(a) que, na “loucura santa”, revela uma pulsão de vida para o mundo, é um biófilo (amigo da vida); é um(a) co-operador(a), agindo sob o primado da escuta da Palavra de Deus dita na e pela situação.

Diante de uma realidade que ameaça o ser humano pelo anonimato, pelo artificialismo, pela massificação, o santo da atualidade restaura a inviolabilidade do “sacrário” mais íntimo da existência individual seu núcleo original enquanto pessoa: o diálogo com Deus. Um diálogo que se dá dentro do mundo, não para negá-lo, mas sim para injetar no interior das veias deste mundo a Graça transfiguradora da Caridade.

Crucificando a verdade

“Tornamo-nos reais ao dizer a verdade. O homem dificilmente consegue esquecer que precisa conhecer a verdade, pois nosso instinto de saber é forte demais para ser destruído. Mas pode esquecer o quanto precisa, também, dizer a verdade. Só podemos conhecer a verdade se nós mesmos formos plasmados por ela.”

A Thomas Merton Reader, editado por Thomas P. McDonnell
(Image Books, A Division of Doubleday @ Company, Inc. Garden City, NY), 1962 p. 120

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O divino na natureza das coisas


“ Verdadeiro tempo de primavera — estes são os dias quando tudo muda. Brotam folhas em todas as árvores e o começo de um verde frescor do novo verão permeia as colinas. Insubstituível pureza desses dias escolhidos por Deus como seu sinal!

Mistura do celestial com a angústia. Ver subitamente o celestial, por exemplo, no branco puro das flores da macieira contra um fundo de pinheiros escuros num jardim nublado. O celestial também na canção do pássaro desconhecido que lá está de passagem, talvez apenas por estes dias, profunda e simples canção de amor. Arrebata-me esta ‘celestialidade’ como eu fosse uma criança — uma mente de criança que nada fiz por merecer e que é minha própria parte na primavera celestial. Não é deste mundo, nem por mim foi criada. Nascida, em parte, de angústia física (que, entretanto, não está realmente ali. Vai-se depressa). A percepção de que o celestial é a verdadeira natureza das coisas, não sua natureza, e sim o fato de que são um dom de amor e de liberdade.”

A Year with Thomas Merton, Daily Meditations from His Journals
Selecionado e editado por Jonathan Montaldo
(HarperSanFrancisco, A Division of HarperCollinsPublishers, New York), 2004, p. 120.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Novena de Pentecostes


Se enviais, porém, o vosso sopro, eles revivem e renovais a face da terra." (Sl 103,30)A+
A- Nós nos preparemos para a Festa de Pentecostes, rezando durante nove dias esta oração, clamando os dons do Espírito Santo sobre nós, nossas famílias e sobre toda a Igreja.

Vinde, Espírito de Sabedoria!

Instruí o meu coração para que eu saiba estimar e amar os bens celestes e antepô-lo a todos os bens da terra. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Inteligência! Iluminai a minha mente para que entenda e abrace todos os mistérios e mereça alcançar um pleno conhecimento Vosso, do Pai e do Filho. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Conselho!

Assisti-me em todos os assuntos desta vida instável, tornai-me dócil às Vossas inspirações e guiai-me sempre pelo direito caminho dos divinos mandamentos. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Fortaleza!

Fortalecei o meu coração em todas as perturbações e adversidades e dai à minha alma o vigor necessário para resistir a todos os meus inimigos. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Ciência!

Fazei-me ver a vaidade de todos os bens caducos deste mundo, para que não use deles senão para Vossa maior glória e salvação da minha alma. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Piedade!

Vinde morar no meu coração e inclinai-o para a verdadeira piedade e santo amor de Deus. (Glória ao Pai...)

Vinde, Espírito de Temor de Deus!

Repassai a minha carne com o Vosso santo temor, de modo que tenha sempre Deus presente e evite tudo o que possa desagradar aos olhos de Sua divina majestade. (Glória ao Pai...)

Divino Espírito Santo, eu vos ofereço todas as preces da santíssima Virgem e dos apóstolos reunidos no cenáculo, e a estas uno todas as minhas orações, suplicando-Vos que Vos apresseis em vir renovar a face da terra.

- Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado.

- E renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos fiéis com a luz do Espírito Santo, dai-nos pelo mesmo Espírito o conhecimento e o amor da justiça e que gozemos sempre da Sua consolação. Amém.

*** Rezar três Ave-Marias a Nossa Senhora de Pentecostes com a invocação:

"Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!"
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"Revigora o que em nosso corpo está enfermo"

Participe do Acampamento de Pentecostes na Canção Nova

de 02/06 a 04/06


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