João 13,1-15: Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a
sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que
estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a ceia... Jesus levantou-se da
ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água
numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que
trazia na cintura. Chegou assim a Simão Pedro. Este disse: “Senhor, tu vais
lavar-me os pés?” Jesus respondeu: “Agora não entendes o que estou fazendo;
mais tarde compreenderás”. Pedro disse: “Tu não me lavarás os pés nunca!” Mas
Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro
disse: “Senhor, então lava não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
Jesus respondeu: “Quem tomou banho não precisa lavar senão os pés, pois está
inteiramente limpo. Vós também estais limpos, mas não todos”. Ele já sabia quem
o iria entregar; por isso disse: “Não estais todos limpos”. Depois de lavar os
pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. E disse aos
discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e
dizeis bem, porque eu o sou. Logo, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que
façais assim como eu fiz para vós”.
A simplicidade de Jesus, de Francisco de Assis e do Papa Francisco
> No Evangelho de hoje, a Última Ceia de Jesus, o Mestre dá uma aula de
simplicidade ao lavar os pés e servir à mesa, e deixa uma lição para quem
governa: ser comprometido em servir aos mais humildes.
> O mundo recebeu com surpresa a escolha do novo papa. Surpresa em todos
os sentidos: por vir de um país latino-americano; por ser entre os menos
cotados pela mídia mundial; pela idade avançada... E, a surpresa maior, o jeito
simples de ser e o fato de priorizar os pobres no seu pontificado. Para
completar, escolhe “Francisco”, o homem de Assis que recuperou o “jeito Jesus”
de ser, no contato com os mais humildes.
> Francisco de Assis rompeu com o próprio pai, deixou o palácio da
família e pregou um Cristo irmão e amigo dos pobres, além da defesa da
natureza; o novo papa deixava grandes solenidades da Catedral de Buenos Aires
para visitar e celebrar com o povo da periferia, além de encarar o governo para
defender os trabalhadores.
> Deus continua agindo na história, e quando pensamos que o mundo e a
própria Igreja estão perdendo o rumo, Ele se apresenta através de sinais
visíveis para reconduzir o seu povo. Muita gente de fé fez orações pela escolha
do novo papa. Cabe-nos acreditar que Deus acaba de nos atender. Continuemos
nossas orações, pois o papa também é homem, e como humano, tentações vaidosas
em seu poder de “chefe de estado” podem se fazer presentes. O compromisso
também é nosso!