terça-feira, 6 de outubro de 2009

MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE


Indo jornada, entrou numa aldeia…
Maria recebeu-o em sua casa…Maria, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra
(Lc. 10,38-..)

Jesus vai de passagem. Não queria incomodar. Chama suavemente e se não se abre a porta. Passa de largo. Em muitos corações não é recebido. Ele vem fatigado como Bom Pastor em busca da ovelha perdida e não é acolhido.

Maria abriu o coração à confiança e ao amor. E depois foi sempre agradecida e generosa. O melhor momento da sua vida passou-os perto do Senhor, olhando, calando, ouvindo, amando…
Escolheu a melhor parte. É tão fácil estar junto de Cristo e falar-Lhe com o olhar, com o silêncio, com o amor, com a expressão afectuosa!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

EU SEREI O AMOR


Tal como Teresa do Menino Jesus, estamos chamados a descobrir que a nossa vocação é o Amor e, num transporte de alegria contagiante, fazer deste amor a nossa missão primordial.
Regressar às origens e descobrir que a nossa verdadeira identidade é o amor, que descendemos de Deus-Amor é o desafio que Terezinha nos lança. Então sermos amor não se reduzirá a realizarmos pontualmente actos de caridade, mas antes a percorrermos o caminho da descoberta de nós mesmos como filhos de Deus de Amor, vivermos na sua presença e sermos imagem do Amor que Ele infundi nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Que neste dia onde celebrarmos a Festa de Santa Terezinha, que nós possamos ser sinais do Amor de Deus vivo no meio deste mundo, que há tanto discordia, ódio, injustiça...
Santa Terezinha
Rogai Por nós

terça-feira, 22 de setembro de 2009

CONVIDA-ME



Se alguém tem sede venha a mim e beba. Aquele que crê em mim…do seu interior manará rios de água viva. (Jo. 7,37)

Quem atravessa um deserto corre o perigo das miragens.
Quer dizer: o tormento da sede o faz ver aquilo que não existe. Só Cristo acalma a sede dos que caminhamos por este deserto.

Jesus compara a vida divina, que em nós Ele infunde, a uma fonte de água que mata a sede. Quem crê em Jesus, pensa como Ele e n´Ele se transforma, amando-O e imitando-O.
Crer em Jesus é encontrar Jesus como Amigo.

Jovem, Ele convida-te, chama-te para ser Seu amigo…

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nossa Senhora fica ao pé da Cruz


Maria é exemplo de silêncio e humildade para todos nós. Maria guardava e meditava tudo em seu coração? (Lc 2, 51). Ela, sempre com Jesus, acompanhou tudo de perto, em silêncio. Quando Jesus a vê aos pés da cruz, Ele doa sua mãe à humanidade, entrega Maria como Mãe dos viventes. "Mulher, eis aí teu filho. Filho: ?Eis aí tua mãe?. ?E desta hora em diante o discípulo a levou para a sua casa? (Jo 19, 26-27). Devemos, como João, levar Maria para casa, para cuidar de nós e levar-nos em direção ao Seu Filho.

Defendamos nossa Mãe. Quem ao ouvir falar de sua mãe não a defende? Defendemos Maria de duas maneiras: com uma arma muito forte, a oração do Rosário; e fazendo que mais filhos tornem-se devotos de Nossa Senhora. Rezemos mais o terço e consagremos nossas vidas a Nossa Senhora!

Homilia de D. Carlos Azevedo no dia 13 de Setembro, em Fátima

Irradiante e convincente beleza espiritual de Maria

1. A sede de maravilha, de admiração, é uma constante dos corações, constitui um peregrinar incessante da alma humana. Na arte, na poesia, na ternura da relação humana buscamos saciar esta sede de encanto.

A Igreja vai ao encontro desta busca ao convidar-nos, nesta liturgia, a contemplar, com íntima alegria, a beleza espiritual de Maria, a candura de Maria Imaculada. Para nós, a beleza consiste na santidade, em ser imagem da bondade e da fidelidade de Cristo, o mais santo e, por isso, “o mais belo entre os filhos dos homens” (Sl 44,3). Depois de Cristo, todo o esplendor das criaturas, plasmadas pelo Espírito criador de Deus, se reflecte no fulgor espiritual de Santa Maria. Ela é “espelho inefável de um pensamento de divina perfeição”, como disse Paulo VI, que, como poucos, delineou com vigor o vibrar da beleza espiritual de Maria. Nesta criatura vemos a luz irradiante do Espírito, graças à obra do artífice divino, do Supremo artista do universo. Em Maria, nós, Povo de Deus, reconhecemos o modelo realizado da verdade original a que os crentes são chamados, por puro dom de Deus.

Esta celebração canta e transpõe para Maria a sapiência divina. Na sua boca, como sede da Sabedoria incarnada, colocamos expressões sublimes como a de hoje: “Eu sou a mãe do amor formoso”. “Em mim está toda a graça do caminho e da verdade, em mim está toda a esperança da vida e da virtude”. Estes deliciosos textos da Sagrada Escritura tratam da sapiência divina, poeticamente personificada, como base das coisas criadas. A singular beleza de Maria decorre de ser expressão corpórea da beleza invisível.

Nela brilha o Hóspede que a habita, porque traz no seio e esplendor do Novo Adão. Nela começam a manifestar-se as maravilhas de Deus que o Espírito Santo realizará em Cristo e na sua Igreja. Para reconstruir o paraíso perdido, a primeira célula desse mundo novo será Maria, admirável mãe de Jesus.

2.Porque lhe chamamos formosa?- Santa Maria é formosa, antes de mais, por ser “cheia de graça”, “adornada com os dons do Espírito Santo” (Col 3), plena da harmonia dos bens encantadores de Deus. “Alegra-te, cheia de graça“ é a saudação de inefável e exultante júbilo do mensageiro Gabriel. É significativo que a primeira expressão dirigida à Graciosíssima, no Novo Testamento, seja um convite à alegria, à formosura vibrante da graça de Deus. Como não há-de gozar de trepidante alegria aquela da qual nascerá Jesus, a alegria de todos os povos, o mais engraçado, o mais belo na plenitude de humanidade, imagem perfeita da santidade do Altíssimo. A beleza das coisas terrenas é pálida diante do fulgor da superabundante vida de Deus que habita Maria. A sua vocação única implica uma vontade de amor singular da parte de Deus-amor, que lhe oferece gratuitamente as primícias da plenitude da graça. Inaugurou-se um novo regime de beleza. Se Moisés, os patriarcas e profetas tiveram graça aos olhos de Deus, quanto mais a alma de Maria cheiinha, envolvida e plasmada pela beleza encantadora de Deus. Porque, agora, era a raiz da sua existência, o núcleo profundo da sua realidade que acolhia o Senhor, dava morada à Palavra.

- Santa Maria é também formosa por amar com amor formoso a Deus, a Cristo e a toda a humanidade. Deus primou nesta criatura toda a eficácia da sua graça. Em Maria tem início a maior das obras de Deus, na história humana e na vida do mundo. Mas não se reduz a uma perfeição pessoal, antes ordena-se a outros e atrai. A missão nova da cheia de graça, da mãe formosa corresponde a uma vasta e plena qualidade excepcional do seu amor, do seu programa de vida, dos traços admiráveis da sua maternidade virginal. Porque a beleza cristã não se separa da bondade, o cristão é chamado a fazer resplandecer Deus na própria vida. Ora a mais luminosa e irradiante realização é Maria, que atinge o auge, acima de qualquer ser humano.

- A Mãe de Cristo é, ainda, formosa por aderir e participar de modo admirável no mistério do seu nascimento, vida, morte e ressurreição, aderindo “com fortaleza e suavidade, com harmonia e fidelidade ao plano salvador de Deus”. (IGREJA CATÓLICA. Liturgia - Missas da Virgem Santa Maria: Missal. Coimbra: CEP, 1997, p.173). Esta plena adesão mostra a integridade da sua sublime beleza. Em todas as estruturas e dinamismos do seu ser é imagem da pureza absoluta, é luz brilhante, harmonia plena, integridade total. Esta beleza fora de série é densa e convincente. Realmente, uma obra-prima assim tem força de convicção irresistível e conquista os corações, mesmo rebeldes. Até incrédulos reconhecem em Maria uma beleza inatacável.

3. Caríssimos peregrinos:Não é uma doçura descobrir em Maria como a transparência divina é uma possibilidade em nós? De facto, diz a Palavra hoje proclamada: “Quem trabalha comigo não pecará” porque o pecado é feio. “A vontade de Deus é que eviteis a impureza”. Deus não nos chamou para a impureza mas para a santidade. Este Santuário, ao escolher como tema deste mês: “o pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor”, integrado no tema do ano: “os puros de coração verão a Deus”, está a indicar-nos um caminho, uma via de beleza para que quem escuta a Palavra: “Saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, sem se deixar levar pelas paixões desregradas”. Encontrar a harmonia no corpo é uma graça que evita muitas desgraças, estragos da dignidade humana, deturpação do projecto belo e bom do nosso Deus.
A ausência de pudor conduz à provocação sedutora. A busca de excitação sensual no modo de vestir não condiz com a autêntica atracção, conduz a perder o verdadeiro fascínio que existe em cada criatura humana, banaliza a dignidade do corpo.

Há tanta diferença entre o fascínio de um olhar sorridente e puro, que aprecia a beleza humana e se eleva, e a sensualidade possessiva, que perturba, agita e desregula os comportamentos! Há tanta diferença entre o encanto da beleza inocente que suaviza a vida e a malícia do olhar, produto de mente obscurecida! Quando projectos políticos apenas ratificam a decadência humana, em lugar de dignificar a qualidade de vida e elevar o nível das relações e dos vínculos entre as pessoas, contribuem para tornar a vida feia e confundir as mentes.

Nós aqui estamos a contemplar Maria para purificar o nosso olhar. Como modelo inspirador e esperança consoladora, na beleza que nela resplandece, lavamos as seduções que nos arrastam e prendem, as atracções que nos desviam da fidelidade, as tentações que conduzem à perda da bela harmonia do corpo. Pelas lágrimas da penitência recuperamos a visão da beleza divina, falseada ou perdida nos desvarios contemporâneos. Temos necessidade de fixar a beleza de Maria porque os nossos olhos são ofendidos por imagens enganadoras de caducos e ilusórios impulsos. Precisamos de restaurar, nas nossas mentes e nos costumes à nossa volta, a experiência feliz do que é verdadeiramente belo. A Senhora de Fátima irradia para nós atitudes puras, grandes, fortes.

Perante esta criatura tão estupenda, tenho que terminar louvando a glória de Deus.
Te louvamos, Deus de infinita beleza, por esta “Senhora mais brilhante que o sol”. É luz inspiradora para redimirmos o nosso olhar de qualquer marca de falsa e inferior beleza. Seduz homens e mulheres para a santidade, como atrai artistas e poetas para a Beleza incontaminada. Motiva, qual Mãe do amor formoso, as comunidades cristãs a caminhar na perfeição, como concede aos doentes sentido e serenidade. Liberta a nossa consciência política para nos batermos, com determinação, por um Portugal e um mundo orientados por ideais dignos e nobres, mobilizadores da responsabilidade de todos, na alegria de unir vontades para ser mais belo viver.

Carlos Moreira Azevedo
Bispo auxiliar de Lisboa

Documentos D. Carlos A. Moreira Azevedo 2009-09-13 22:38:49 9942 Caracteres Santuário de Fátima

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Festa da exaltação da Cruz de Cristo

A cruz nos lembra a fidelidade de Jesus ao plano do Pai. A cruz é um resumo do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para que façamos o mesmo. Para que nos amemos sem reservas, e para que nos entreguemos também sem reserva ao plano de salvação de Deus Pai.

Ao mesmo tempo a cruz representa a dedicação radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula a todos nós a fazer o mesmo. Portando, não se trata de idolatrar dois pedaços de madeira como já fomos criticados pelos nossos irmãos separados, mais sim. Exaltar a cruz é, pois, exercer o nosso papel de cristãos, isto é, aqueles que imitam a Cristo não só com a palavra, mais acima de tudo, com o exemplo.
Jesus faz da sua vida pública um constante denunciar o que havia de errado e um contínuo anunciar um novo estado possível de coisas, onde o amor fosse a essência e a justiça a norteadora das relações entre as pessoas. Por isso, não foi entendido pelos seus pares, sobretudo aqueles que se sentiam agredidos por suas palavras. Por isso, foi levado à morte. Por isso, encontrou-Se com a cruz.

O sofrimento de Jesus nos impulsiona a ir além. Ele, homem como nós, mostrou que é possível transformar e que a vida sempre vence apesar do ódio, do mal e do não querer. Crer em Jesus Cristo é crer em alguém que vence o sofrimento, é encher-se de esperança.
Crer em Jesus Cristo é saber que as cruzes estarão em nossos caminhos como conseqüência de uma vida coerente com o chamado de Deus Pai. Crer em Jesus Cristo é acreditar que existe um Deus que nos promete a vida e não a morte.Nesta Festa da Exaltação da Santa Cruz, celebrada a 14 de setembro, possamos olhar para as cruzes que encontramos não com medo, com pena ou com dor, mas com vigor, com esperança e com a certeza de que é no enfrentamento da cruz que nos fortalecemos em Deus, a quem iremos encontrar em todos os momentos em que a vida se celebra através de nós.
Que sejamos capazes de levar fielmente as nossas cruzes da vida de cada dia a seguir o seu exemplo...

domingo, 13 de setembro de 2009

...learn...

Learn to pray constantly

Learn to listen to God

and to know his will