De 7 a 15 de Março, o arciprestado de Vagos vive uma “semana missionária”. Durante nove dias, equipas de diversos institutos missionários masculinos e femininos estarão nas onze paróquias de Vagos dando testemunho do que é ser missionário, orientando momentos de oração, dialogando com as crianças da catequese e com todas as outras idades, apelando à acção missionária.
“Vêm em nome da Igreja que quer ser fiel ao mandato de Jesus Cristo e revigorar a sua fé apostólica. São testemunhas qualificadas do amor que Deus nos tem e preenche o sentido das suas vidas”, escreve o Bispo de Aveiro, sobre os missionários, em mensagem que dirigiu ao párocos e respectivas comunidades. A semana tem a colaboração do Secretariado Diocesano de Animação Missionária que, aliás, conta com uma forte componente de jovens de Vagos.
A semana inicia-se com uma celebração na Igreja de Santo André, no dia 7, às 15 horas, em que estarão presentes os grupos de jovens de todas as paróquias. Neste momento serão acesas tochas que os jovens levarão para as suas comunidades.
No Domingo, 8, nas eucaristias dominicais, tochas e missionários serão apresentados em cada paróquia.
O encerramento, no dia 15, terá lugar no Santuário da Sr.a de Vagos. Pelas 15 horas, as pessoas concentram-se na rotunda Norte de Vagos, junto à capela de S.to António, e a seguir peregrinam até ao santuário. Além das comunidades e dos missionários, o encerramento conta com a presença da cantora Claudine Pinheiro e do Bispo de Aveiro.
P.e José Arnaldo, pároco de Calvão e da Gafanha da Boa Hora e arcipreste de Vagos, espera que a semana ajude a “sentir ao vivo” que a missão continua a ser importante. “Com a falta de padres que temos, tendemos a esquecer os outros. Talvez isso não aconteça nestas terras, que têm dado missionários à Igreja, mas mesmo assim é fundamental uma consciencialização de que a Igreja não é só a paróquia de Calvão”, afirma. “Anunciar Jesus Cristo, aqui como em todos os lados, continua a ser prioritário. Penso que esta semana vai ajudar-nos a sentir isso ao vivo”, acrescenta.
D. António Francisco, na mensagem supracitada, lembra a fecundidade missionária das terras de Vagos: “Acompanho com solicitude os missionários naturais das vossas paróquias e que se encontram nos países de missão. Por eles dou também graças ao Senhor da Messe! Evoco, com reconhecida gratidão, a memória dos missionários que, sendo destas nossas terras, optaram por outras onde deram a vida até ao fim em total dedicação à evangelização e promoção dos povos”. Durante nove dias a missão vai estar no centro das comunidades cristãs, para que Vagos não perca a criatividade missionária.
Nacional Correio do Vouga 05/03/2009 12:11 2658 Caracteres 113 Diocese de Aveiro
sexta-feira, 6 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Joy is a fruit of the Spirit

Galatians 5:22
But the fruit of the Spirit is love, joy, peace, longsuffering, gentleness, goodness, faith.
Joy is a fruit of the Spirit. As you allow the Spirit of God to do a work in your heart and life, the natural result will be that the fruit of the Spirit is manifested through you. If you are full of God, you will be full of joy.
Zephaniah 3:17
The LORD thy God in the midst of thee is mighty; he will save, he will rejoice over thee with joy; he will rest in his love, he will joy over thee with singing.The Lord rejoices over you.
He loves you with an immense, incredible, everlasting love that cannot be stopped. He will never stop loving you. All you need is His love. In His love is every answer to every question you could ever have. He loves you so much that He sings joyfully over you. You can rejoice over the fact that He loves you and that He rejoices over you!
Verdadeira Alegria dos Cristãos

É fácil supor o peso de um clima assim sobre os ombros das crianças que na sua inocência vivem a vida, apontando, no entanto, que existe mesmo uma verdadeira alegria para o coração. É preciso buscá-la e encharcar a vida com esta alegria. Esta alegria tem uma fonte e é possível de conquistá-la.
A condição de discípulo de Jesus Cristo é o caminho-fonte para esta experiência de conquistar e experimentar a alegria. Esta alegria não é gerada e contabilizada em números e funcionamentos, simplesmente. Suas raízes são mais profundas. Buscá-las é a garantia de experimentar esta alegria duradoura, uma resposta que qualifica o discípulo forte e lutador no seu trabalho, enfrenta problemas, perseverante nas lutas, sereno mesmo nos sofrimentos e perseguições. Esta alegria brota nos corações pela experiência e pela iluminação única que vem da consciência alegre do encontro com Cristo.
É oportuno ter presente o que disse o Papa Bento XVI “Se não conhecemos a Deus em Cristo e com Cristo, toda a realidade se torna um enigma indecifrável; não há caminho e, não havendo caminho, não há vida e nem verdade.” Cultivar este encontro, pessoal e comunitário com Cristo, o Filho de Deus, encarnado e redentor, é, na verdade, o caminho da alegria verdadeira e duradoura. Esta alegria não se encontra simplesmente nisso ou naquilo, aqui e acolá. Mas, em Jesus Cristo. Esta consciência deve fecundar os afetos dos que n’Ele crêem, com práticas e exercitações diárias, conhecendo e encantados com o tesouro do Evangelho, alimentando e testemunhando a convicção honrosa: “Ser cristão não é uma carga, mas um dom”!
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
BENTO XVI PROPÕE JEJUM COMO AJUDA PARA SACIAR FOME DE DEUS
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).-
O valor e o sentido do jejum como «uma arma espiritual» é a proposta que Bento XVI apresenta em sua mensagem para esta Quaresma. O documento foi apresentado nesta terça-feira, em uma coletiva de imprensa na Santa Sé.
«Podemos perguntar-nos que valor e que sentido tem para nós, os cristãos, privar-nos de algo que em si mesmo seria bom e útil para nosso sustento», pergunta-se o Santo Padre em sua mensagem.
Deste modo, em sua proposta para a Quaresma, que começará no dia 25 de fevereiro – Quarta-Feira de Cinzas – e se estenderá até 5 de abril – Domingo de Ramos –, ele se detém a analisar o sentido que esta prática teve tanto no Antigo como no Novo Testamento.
A visão cristã
O pontífice mostra como Jesus fala do verdadeiro jejum, que consiste «em cumprir a vontade do Pai Celestial», exemplo que também dá ao responder a Satanás, que durante 40 dias no deserto diz que «não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus».
O Papa declara desta maneira que o verdadeiro jejum «tem como finalidade comer do alimento verdadeiro, que é fazer a vontade do Pai».
«Com o jejum, o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando em sua bondade e misericórdia», sublinha.
A desvalorização do jejum
O jejum hoje «perdeu um pouco do seu valor espiritual», declara depois a mensagem, pois muitas vezes se reduz a uma «medida terapêutica para o cuidado do próprio corpo».
Bento XVI assinala que a prática do jejum contribui para «dar unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor».
«Privar-se do alimento material que nutre o corpo facilita uma disposição interior a escutar Cristo e a nutrir-se de sua palavra de salvação» e assegura que com esta prática, junto com a da oração, nós «lhe permitimos que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo de nosso coração».
O Santo Padre ressalta também o significado social do jejum, dizendo que este «nos ajuda a tomar consciência da situação na qual vivem muitos de nossos irmãos».
Por isso, exorta as paróquias «a intensificar durante a Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cuidando desta forma da escuta da Palavra de Deus, da oração e da esmola».
O Papa assegura que esta prática é «uma arma espiritual para lutar contra qualquer possível apego desordenado a nós mesmos».
Desta forma, ajuda «o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza debilitada pelo pecado original, cujos efeitos negativos afetam toda a personalidade humana».
Em definitivo, graças ao jejum, para o pontífice a Quaresma é o tempo ideal «para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma e a abre ao amor de Deus e do próximo».
O valor e o sentido do jejum como «uma arma espiritual» é a proposta que Bento XVI apresenta em sua mensagem para esta Quaresma. O documento foi apresentado nesta terça-feira, em uma coletiva de imprensa na Santa Sé.
«Podemos perguntar-nos que valor e que sentido tem para nós, os cristãos, privar-nos de algo que em si mesmo seria bom e útil para nosso sustento», pergunta-se o Santo Padre em sua mensagem.
Deste modo, em sua proposta para a Quaresma, que começará no dia 25 de fevereiro – Quarta-Feira de Cinzas – e se estenderá até 5 de abril – Domingo de Ramos –, ele se detém a analisar o sentido que esta prática teve tanto no Antigo como no Novo Testamento.
A visão cristã
O pontífice mostra como Jesus fala do verdadeiro jejum, que consiste «em cumprir a vontade do Pai Celestial», exemplo que também dá ao responder a Satanás, que durante 40 dias no deserto diz que «não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus».
O Papa declara desta maneira que o verdadeiro jejum «tem como finalidade comer do alimento verdadeiro, que é fazer a vontade do Pai».
«Com o jejum, o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando em sua bondade e misericórdia», sublinha.
A desvalorização do jejum
O jejum hoje «perdeu um pouco do seu valor espiritual», declara depois a mensagem, pois muitas vezes se reduz a uma «medida terapêutica para o cuidado do próprio corpo».
Bento XVI assinala que a prática do jejum contribui para «dar unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor».
«Privar-se do alimento material que nutre o corpo facilita uma disposição interior a escutar Cristo e a nutrir-se de sua palavra de salvação» e assegura que com esta prática, junto com a da oração, nós «lhe permitimos que venha saciar a fome mais profunda que experimentamos no íntimo de nosso coração».
O Santo Padre ressalta também o significado social do jejum, dizendo que este «nos ajuda a tomar consciência da situação na qual vivem muitos de nossos irmãos».
Por isso, exorta as paróquias «a intensificar durante a Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cuidando desta forma da escuta da Palavra de Deus, da oração e da esmola».
O Papa assegura que esta prática é «uma arma espiritual para lutar contra qualquer possível apego desordenado a nós mesmos».
Desta forma, ajuda «o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza debilitada pelo pecado original, cujos efeitos negativos afetam toda a personalidade humana».
Em definitivo, graças ao jejum, para o pontífice a Quaresma é o tempo ideal «para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma e a abre ao amor de Deus e do próximo».
Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para a Quaresma 2009

"Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome" (Mt 4, 1-2)
Queridos irmãos e irmãs!
No início da Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso, a Liturgia propõe-nos três práticas penitenciais muito queridas à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa e deste modo fazer experiência do poder de Deus que, como ouviremos na Vigília pascal, «derrota o mal, lava as culpas, restitui a inocência aos pecadores, a alegria aos aflitos. Dissipa o ódio, domina a insensibilidade dos poderosos, promove a concórdia e a paz» (Hino pascal). Na habitual Mensagem quaresmal, gostaria de reflectir este ano em particular sobre o valor e o sentido do jejum. De facto a Quaresma traz à mente os quarenta dias de jejum vividos pelo Senhor no deserto antes de empreender a sua missão pública. Lemos no Evangelho: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome» (Mt 4, 1-2). Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei (cf. Êx 34, 28), como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (cf. 1 Rs 19, 8), assim Jesus rezando e jejuando se preparou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador.
Podemos perguntar que valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento. As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isto, na história da salvação é frequente o convite a jejuar. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura o Senhor comanda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: «Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás» (Gn 2, 16-17). Comentando a ordem divina, São Basílio observa que «o jejum foi ordenado no Paraíso», e «o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão». Portanto, ele conclui: «O “não comas” e, portanto, a lei do jejum e da abstinência» (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98). Dado que todos estamos estorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. Assim fez Esdras antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidando o povo reunido a jejuar «para nos humilhar – diz – diante do nosso Deus» (8, 21). O Omnipotente ouviu a sua prece e garantiu os seus favores e a sua protecção. O mesmo fizeram os habitantes de Ninive que, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram, como testemunho da sua sinceridade, um jejum dizendo: «Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?» (3, 9). Também então Deus viu as suas obras e os poupou.
No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum finaliza-se portanto a comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia.
Encontramos a prática do jejum muito presente na primeira comunidade cristã (cf. Act 13, 3; 14, 22; 27, 21; 2 Cor 6, 5). Também os Padres da Igreja falam da força do jejum, capaz de impedir o pecado, de reprimir os desejos do «velho Adão», e de abrir no coração do crente o caminho para Deus. O jejum é também uma prática frequente e recomendada pelos santos de todas as épocas. Escreve São Pedro Crisólogo: «O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica» (Sermo 43; PL 52, 320.332).
Nos nossos dias, a prática do jejum parece ter perdido um pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cultura marcada pela busca da satisfação material, o valor de uma medida terapêutica para a cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para os crentes é em primeiro lugar uma «terapia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus. Na Constituição apostólica Paenitemini de 1966, o Servo de Deus Paulo VI reconhecia a necessidade de colocar o jejum no contexto da chamada de cada cristão a «não viver mais para si mesmo, mas para aquele que o amou e se entregou a si por ele, e... também a viver pelos irmãos» (Cf. Cap. I). A Quaresma poderia ser uma ocasião oportuna para retomar as normas contidas na citada Constituição apostólica, valorizando o significado autêntico e perene desta antiga prática penitencial, que pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e máximo mandamento da nova Lei e compêndio de todo o Evangelho (cf. Mt 22, 34-40).
A prática fiel do jejum contribui ainda para conferir unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor. Santo Agostinho, que conhecia bem as próprias inclinações negativas e as definia «nó complicado e emaranhado» (Confissões, II, 10.18), no seu tratado A utilidade do jejum, escrevia: «Certamente é um suplício que me inflijo, mas para que Ele me perdoe; castigo-me por mim mesmo para que Ele me ajude, para aprazer aos seus olhos, para alcançar o agrado da sua doçura» (Sermo 400, 3, 3: PL 40, 708). Privar-se do sustento material que alimenta o corpo facilita uma ulterior disposição para ouvir Cristo e para se alimentar da sua palavra de salvação. Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.
Ao mesmo tempo, o jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos nossos. Na sua Primeira Carta São João admoesta: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?» (3, 17). Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre (cf. Enc. Deus caritas est, 15). Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola. Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã, na qual eram feitas colectas especiais (cf. 2 Cor 8-9; Rm 15, 25-27), e os irmãos eram convidados a dar aos pobres quanto, graças ao jejum, tinham poupado (cf. Didascalia Ap., V, 20, 18). Também hoje esta prática deve ser redescoberta e encorajada, sobretudo durante o tempo litúrgico quaresmal.
De quanto disse sobressai com grande clareza que o jejum representa uma prática ascética importante, uma arma espiritual para lutar contra qualquer eventual apego desordenado a nós mesmos. Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza fragilizada pela culpa da origem, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Exorta oportunamente um antigo hino litúrgico quaresmal: «Utamur ergo parcius, / verbis, cibis et potibus, / somno, iocis et arcitius / perstemus in custodia – Usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e permaneçamos mais atentamente vigilantes».
Queridos irmãos e irmãos, considerando bem, o jejum tem como sua finalidade última ajudar cada um de nós, como escrevia o Servo de Deus Papa João Paulo II, a fazer dom total de si a Deus (cf. Enc. Veritatis splendor, 21). A Quaresma seja portanto valorizada em cada família e em cada comunidade cristã para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma abrindo-a ao amor de Deus e do próximo. Penso em particular num maior compromisso na oração, na lectio divina, no recurso ao Sacramento da Reconciliação e na participação activa na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. Com esta disposição interior entremos no clima penitencial da Quaresma. Acompanhe-nos a Bem-Aventurada Virgem Maria, Causa nostrae laetitiae, e ampare-nos no esforço de libertar o nosso coração da escravidão do pecado para o tornar cada vez mais «tabernáculo vivo de Deus». Com estes votos, ao garantir a minha oração para que cada crente e comunidade eclesial percorra um proveitoso itinerário quaresmal, concedo de coração a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 11 de Dezembro de 2008.
BENEDICTUS PP. XVI
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Aspirantes SSpS nebe hahu sira nia formação
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