quarta-feira, 23 de março de 2016

«Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai»,


 Ano de Misericordia

É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (cf. Jo 20,m 21-13) […]. » Um Ano em que sejamos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas da misericórdia. É o tempo favorável para tratar as feridas, para não nos cansarmos de ir ao encontro de quantos estão à espera de ver e tocar sensivelmente os sinais da proximidade de Deus, para oferecer a todos, a todos, o caminho do perdão e da reconciliação».

«Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai», assim começa o Papa Francisco a Bula Misericordia e vultus (n. 1). Na sua encíclica Dives in misericordia, são João Paulo II, também dizia de Cristo: «Ele próprio é, em certo sentido, a misericórdia» (n. 7), e afirmava que a misericórdia «é o segundo nome do amor de Deus».
O Papa Francisco diz: «Misericórdia é o caminho que une Deus ao homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado […].

Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo.

Deixar-se transformar por Jesus Cristo através da Cruz!


RECOLHIMENTO DA COMUNIDADE, 23.03.2016!

Deixar-se transformar por Jesus Cristo através da Cruz!

Escuta Jesus

Em nossa vida diária, prestamos ouvidos a muitas coisas: as conversas, notícias, e os acontecimentos.
Nesta semana Santa, queremos ter consciência mais profundamente da salvação que nos é dada em Jesus Cristo, deixando-nos transformar através da fidelidade a oração, por meio do sacramento da reconciliação e pela nossa participação nas celebrações litúrgicas ao longo da semana Santa.

Ouvir Jesus! Indagar por sua opinião…escutá-lo, conversar com Ele e assim entrar em relação com Ele, parece algo impossível para muitos. Entretanto, a fé que “ouvir”, diz a carta de Paulo aos Romanos (Rm 10,8). Escutar é mais que ouvir. Podemos ouvir muitos sons e muitas vozes sem prestar atenção ao que ouvimos. Para pode ouvir, no sentido de escutar e acolher a palavra de Deus, para que a harmonia da sua voz possa penetrar em nossa memória, em nossos sentidos e em nosso coração, é necessário o silêncio interior. Á prática desse silêncio nos exorta São João da Cruz:”Uma só palavra falou o Pai, que foi seu Filho, e a diz sempre é eterno silencio e em silencio há de ser ouvida pela alma” (Alvaro Barreiro, Buscar em Deus, p. 97,Ed. Loyola, 2004)

Para escutar a voz de Deus, é necessário entrar na solidão silenciosa, diferente de isolamento que produz tédio, tristeza. Lugares e momentos de solidão é que favorecem a busca da própria identidade, o encontro com deus e com os outros. Diz o evangelista São João. “Quem é de Deus, ouve a palavra de Deus” (Jo 8,47).

Iniciando o nosso recolhimento, dedicada à escuta de Deus…

O silencio de Deus, a experiencia da distancia do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. O silencio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silencio (Exort, verbum domini).
No silencio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silencio e, no sábado Santo – quando «o Rei Dorme(…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (oficio da leitura do Sábado Santo).


Salmo do Amor

- Conheço a tua miséria, as tuas lutas e tribulações da tua alma, as dificuldades e as enfermidades do teu corpo; conheço a tua beleza, os teus pecados e, apesar disso, digo-te na mesma “dá-me o teu coração, ama-me como és!...
 - Se aguardas ser um anjo para te abandonares ao amor, nunca mais me amarás. Embora sejas cobarde na prática do dever e da virtude, embora recaias muitas vezes nessas faltas que nunca mais quererias cometer, não te permito o não me amares. Ama-me como és!
 - A cada instante e em qualquer situação, que te encontrares, no fervor e na aridez, na fidelidade ou na infidelidade ama-me... como és... quero o amor do teu pobre coração; se aguardas ser perfeito, nunca mais me amarás.
 - Porventura, não poderia eu fazer de todo o grãozinho de areia um serafim radiante de pureza, de nobreza e de amor? Não sou eu o omnipotente?! E se gosto de deixar no nada aqueles seres maravilhosos, preferindo o pobre amor do teu coração, não serei eu Senhor do meu amor?
- Minha filha, deixa que te ame, quero o teu coração. Claro que, com o tempo quero transformar-te, mas para já amo-te como és... e desejo que tu faças a mesma coisa; Eu quero ver subir o amor, da baixeza e da miséria.
 - Amo em ti também a tua fraqueza, amo o amor dos pobres e dos miseráveis; quero que dos farrapos suba continuamente um grito: Jesus amo-te!
 - Quero somente o cântico do teu coração; não preciso nem da tua ciência nem do teu talento. Interessa-me só uma coisa: ver-te trabalhar com amor!
- Não são as tuas virtudes que desejo; se Eu desse, sendo tu tão débil, alimentariam o teu próprio amor; não te preocupes com isso. Eu poderia ter-te destinado para grandes coisas, mas não… serás o servo inútil: tirar-te-ei, o pouco que tens... porque te criei só para o amor.
- Hoje estou à porta do teu coração como um mendigo, Eu o Rei dos Reis, bato e espero; abre-me depressa, não aumentes a tua miséria; se tu conhecesses a tua indigência morrerias de dor.
 - O que feriria o meu coração era ver-te duvidar de mim e faltar a confiança. Quero que tu penses em mim toda a hora, de dia e de noite; quero que faças até a acção mais insignificante só por amor.
 - Conto contigo só para me dares alegria... não te preocupes por não possuíres virtudes; dar-te-ei a capacidade de amar além do quanto podes imaginar... mas lembra-te... ama-me como és... dar-te-ei a minha mãe; faz-me passar tudo através do seu coração tão puro.
 - Aconteça o que acontecer, não esperes ser santo para te abandonares ao amor, nunca mais me amarias... vamos!

Escutar o meu interior!

Acolho o silencio que me abre o caminho para o encontro comigo mesma, com aos outros e com Deus mas, sobretudo, ouvi-lo.

Ouvir as Palavras de Jesus!
Dirijo me ao santuário exterior e crio um espaço interior, acolhendo a presença de Deus. Hoje vou repetindo, devagar e pausadamente, palavras de Jesus ou da Escritura. Jesus diz:
Eu Sou a videira, vos os ramos. Aquele que permaneça em mim, como eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer (jo 15,5)
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim» (Jo14,6)
«Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede» Jo.6,35

Escutar a pergunta de Jesus: “ Que queres que eu te faça”? Mc 10,46-52
Agora, imagino-me estar diante de Jesus. Ele me pergunta. Procuro, então, dar-me conta do que eu preciso. O que espero de Ti, Jesus, neste momento de minha oração, agora que inicio esta tarde do silencio? O que desejo e quero de Ti, neste tempo de mais oração, de conversão e, tempo  de estar contigo no silencio e oração!
Sim, Jesus, eu sinto que a pergunta acima me traz mais perto de Ti, desperta-me para um relacionamento mais íntimo consigo. Sei, Jesus, que Tu conheces os meus desejos mais íntimos . Eu sei também que, ao entrar na tua presença, no meu tempo de oração, posso expresar-Te tudo o que sinto e desejo. Olha, Jesus, para o meu desejo mais profundo. Guardo no meu coração um anseio incasável de ver-te, de contemplar-te e andar pelos teus caminhos.

Para ajuda a reflexão pessoal!
Onde esta o meu coração?

O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo consoante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer. (AE nº 121).
Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho. (nº 127)
Onde está a tua síntese, ali esta o teu coração. A diferença entre fazer luz com sínteses e fazê-lo com ideias soltas é a mesma que há entre o ardor do coração e o tédio. (nº143)

Ano de Misericordia

É o tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser sinal e instrumento da misericórdia do Pai (cf. Jo 20,m 21-13) […]. » Um Ano em que sejamos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas da misericórdia. É o tempo favorável para tratar as feridas, para não nos cansarmos de ir ao encontro de quantos estão à espera de ver e tocar sensivelmente os sinais da proximidade de Deus, para oferecer a todos, a todos, o caminho do perdão e da reconciliação».
«Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai», assim começa o Papa Francisco a Bula Misericordia e vultus (n. 1). Na sua encíclica Dives in misericordia, são João Paulo II, também dizia de Cristo: «Ele próprio é, em certo sentido, a misericórdia» (n. 7), e afirmava que a misericórdia «é o segundo nome do amor de Deus».
O Papa Francisco diz: «Misericórdia é o caminho que une Deus ao homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado […].
Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo.

As perguntas para a interiorização

Que Palavra de Deus ou pensamento mais me tocou? Que sentimento predominou durante a oração? Senti algum apelo, desejo, inspiração? Tive alguma dificuldade ou resistência?
Podem ser louvores, pedidos, acção de graças…ir acolhendo o que vier à mente, o que tocar o meu coração,: desejos, luzes, apelos, lembranças, inspirações, ect.
As perguntas propostas pelo Papa Francisco aos religiosos!
-Também nós temos grandes visões e impulso; voa alto nosso sonho?
 -Olha no profundo de teu coração, olha no íntimo de ti mesmo e pergunta-te: - - Há um coração que deseja grandes coisas ou um coração adormecido pelas coisas?
 -Teu coração tem conservado a inquietude da busca ou o tens deixado sufocar pelas coisas, que acabam por atrofiá-lo?

Momento da partilha!

Power Point-Sonho de uma comunidade

Salmo da Comunidade.

 Ref. Como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos! (salmo 133)
 1. Te damos graças, Senhor, porque em Ti, única fonte de felicidade, encontramos o autêntico tesouro. Teu amor nos penetra chamando-nos a partilhar tua vida, a experimentar tua amizade e a aderirmos a Ti, vivendo a vida consagrada a partir da “união de corações”.
 2. Te damos graças, porque te fazes presente em cada um de nossos irmãos, oferecendo segurança, apoio e fecundidade apostólica. Obrigado, Senhor, porque tua vida, feita Eucaristia, é alimento que fortalece nossa vida comunitária e nosso ser de apóstolos.
 3. Senhor, teu amor infinito sonda e penetra o mais íntimo de nosso ser. Tu que nos conheces e compreendes tudo, concede-nos um coração generoso, e faze-nos capazes de partilhar nossa vida na alegria, no encanto e na caridade. Avigora nossa fé e fortalece-nos com uma esperança alegre que se comprometa ao amor autêntico para transmitir Cristo.

A nossa Mãe Maria

Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da Terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz. Mãe do Evangelho vivo, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós. Amém. Aleluia! (Carta Alegrai-vos)




Bom recolhimento


Odivelas, 23.03.2016
Ir. Mª. Mendes, SSpS

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Dia da Vida Consagrada

Papa celebrou Missa no Dia da Vida Consagrada e destacou característica comum aos consagrados: a cultura do encontro

Jéssica Marçal
Da Redação

Nesta terça-feira, 2, dia em que a Igreja celebra a Vida Consagrada, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa no Vaticano com religiosos e religiosas. Na homilia, Francisco destacou uma passagem do Evangelho neste dia em que se encerra o Ano da Vida Consagrada: “Jesus é o rosto da misericórdia do Pai”.
Francisco observou que a festa de hoje, sobretudo no Oriente, é chamada festa do encontro e aqui se pode ver o início da vida consagrada: os consagrados e consagradas são chamados, antes de tudo, a ser homens e mulheres do encontro. Isso porque quem encontra Jesus não permanece igual, torna-se testemunha e promotor da cultura do encontro, evitando o fechamento em si mesmo.
“Os consagrados e as consagradas são chamados a ser sinal concreto desta proximidade de Deus, desta partilha com a condição de fragilidade, de pecado e de feridas do homem do nosso tempo. Todas as formas de vida consagrada, cada uma segundo suas características, são chamadas a estar em estado permanente de missão”, frisou.

Outro ponto enfatizado pelo Papa foi que Maria e José se admiravam com as coisas que diziam de Jesus e protegiam o estupor por esse encontro cheio de luz e de esperança para os povos. Assim também os cristãos, os consagrados, são protetores desse estupor.
“Os nossos fundadores foram movidos pelo Espírito e não tiveram medo de sujar as mãos com a vida cotidiana, com os problemas do povo, percorrendo com coragem as periferias geográficas e existenciais. Não pararam diante dos obstáculos e das incompreensões dos outros, porque mantiveram no coração o estupor pelo encontro com Cristo”.
Essa festa de hoje é, portanto, uma ocasião para aprender a viver a gratidão pelo encontro com Jesus e pelo dom da vocação à vida consagrada, disse o Papa. “Como é belo quando encontramos a face feliz de pessoas consagradas, talvez com idade já avançada como Simeão ou Ana, contentes e cheias de gratidão pela própria vocação. Essa é uma palavra que pode sintetizar tudo aquilo que vivemos neste Ano da Vida Consagrada: gratidão pelo dom do Espírito Santo, que sempre anima a Igreja através dos diversos carismas”.

Fonte: http://papa.cancaonova.com/papa-celebra-missa-no-dia-da-vida-consagrada/

Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia

Na  abertura do Ano Santo da Misericórdia diz o Papa Francisco “a Virgem Maria é convidada a alegrar-Se com aquilo que o Senhor realizou n’Ela. A graça de Deus envolveu-A, tornando-A digna de ser mãe de Cristo. Quando Gabriel entra na sua casa, até o mistério mais profundo, que ultrapassa toda e qualquer capacidade da razão, se torna para Ela motivo de alegria, de fé e de abandono à palavra que Lhe é revelada. A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade.
A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva.
A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai. Sobre isto, não deixa qualquer dúvida a palavra de Deus que ouvimos. Diante de nós, temos a Virgem Imaculada como testemunha privilegiada desta promessa e do seu cumprimento. Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que busca, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia.

Que a tua passagem pela nossa  terra de Odivelas, seja incentivo para construirmos a comunhão desejada entre nós e com Deus Santíssima Trindade.
Trazemos ao teu regaço os que foram tocados pela fé e procuram vivê-la na fidelidade e no amor, os que aceitaram o convite para pertencer à comunidade cristã e dia após dia aceitam a palavra do Evangelho como tu a acolheste, no silêncio do coração e no dinamismo do quotidiano; trazemos também ao teu abraço, apertado, mas inclusivo, todos os que ainda não entraram decididamente na família dos filhos de Deus, mas já se dispõem a fazer caminho um sério caminho de procura do rosto de Deus no meio de dúvidas e incertezas; trazemos ainda ao encontro do teu coração imaculado todos os que não têm as necessárias forças para iniciar o percurso que os conduzirá às fontes da salvação; apresentamos-te os justos e os pecadores, as felizes e os que carregam o peso de uma cruz demasiado pesada, os que conhecem a força poderosa do amor e os que somente experimentam a solidão, a indiferença ou mesmo o ódio dos seus semelhantes.
3x Ave Maria…..Gloria
Nossa Senhora Mãe da Peregrina, rogai por nós


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Ano da Misericórdia - 08/12/15

Homilia do Papa Francisco na abertura do Ano da Misericórdia
Praça São Pedro – Vaticano
Terça-feira, 8 de dezembro de 2015


Boletim da Santa Sé

Irmãos e irmãs!
Daqui a pouco, terei a alegria de abrir a Porta Santa da Misericórdia. Este gesto, como eu fiz em Bangui, muito simples mas altamente simbólico, realizamo-lo à luz da Palavra de Deus escutada que põe em evidência a primazia da graça. Na verdade, o tema que mais vezes aflora nestas Leituras remete para aquela frase que o anjo Gabriel dirigiu a uma jovem mulher, surpresa e turbada, indicando o mistério que a iria envolver: «Salve, ó cheia de graça» (Lc 1, 28).
Antes de mais nada, a Virgem Maria é convidada a alegrar-Se com aquilo que o Senhor realizou n’Ela. A graça de Deus envolveu-A, tornando-A digna de ser mãe de Cristo. Quando Gabriel entra na sua casa, até o mistério mais profundo, que ultrapassa toda e qualquer capacidade da razão, se torna para Ela motivo de alegria, de fé e de abandono à palavra que Lhe é revelada. A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade.
A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva. O início da história do pecado no Jardim do Éden encontra solução no projecto de um amor que salva. As palavras do Génesis levam-nos à experiência diária que descobrimos na nossa existência pessoal. Há sempre a tentação da desobediência, que se exprime no desejo de projectar a nossa vida independentemente da vontade de Deus. Esta é a inimizade que ameaça continuamente a vida dos homens, tentando contrapô-los ao desígnio de Deus. E todavia a própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa. Se tudo permanecesse ligado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. Mas não! A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai. Sobre isto, não deixa qualquer dúvida a palavra de Deus que ouvimos. Diante de nós, temos a Virgem Imaculada como testemunha privilegiada desta promessa e do seu cumprimento.
Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça. Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que busca, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia. Que grande injustiça fazemos a Deus e à sua graça, quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são punidos pelo seu julgamento, sem antepor, diversamente, que são perdoados pela sua misericórdia (cf. Santo Agostinho, De praedestinatione sanctorum 12, 24)! E assim é verdadeiramente. Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia. Por isso, oxalá o cruzamento da Porta Santa nos faça sentir participantes deste mistério de amor, de ternura. Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma.

Hoje, e em todas as dioceses do mundo, ao cruzar a Porta Santa, queremos também recordar outra porta que, há cinquenta anos, os Padres do Concílio Vaticano II escancararam ao mundo. Esta efeméride não pode lembrar apenas a riqueza dos documentos emanados, que permitem verificar até aos nossos dias o grande progresso que se realizou na fé. Mas o Concílio foi também, e primariamente, um encontro; um verdadeiro encontro entre a Igreja e os homens do nosso tempo. Um encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua Igreja a sair dos baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma, para retomar com entusiasmo o caminho missionário. Era a retomada de um percurso para ir ao encontro de cada homem no lugar onde vive: na sua cidade, na sua casa, no local de trabalho… em qualquer lugar onde houver uma pessoa, a Igreja é chamada a ir lá ter com ela, para lhe levar a alegria do Evangelho. Trata-se, pois, de um impulso missionário que, depois destas décadas, retomamos com a mesma força e o mesmo entusiasmo. O Jubileu exorta-nos a esta abertura e obriga-nos a não transcurar o espírito que surgiu do Vaticano II, o do Samaritano, como recordou o Beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adotar a misericórdia do bom samaritano.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ADVENTO EM AMOR MISERICORDIOSO


Dois anos, o litúrgico e o Ano Misericórdia, vão caminhar juntos em nós, na Igreja, nas famílias, nas comunidades, nas paroquias. Só esta graça já é apelo à conversão, a viver cada momento do ano litúrgico com amor misericordioso. Vamos terminar os dois em 20 de Novembro de 2016. Caminhada intensa, de desejo de abertura à misericórdia, de mudança de vida, de renovada esperança, de desejo de mais amor fraterno, maior serviço humilde, mais compromisso de vida, maior abertura aos outros, mais atenção aos pobres e necessitados, maior adesão ao amor de Deus.

ADVENTO COM SABOR MISERICORDIA

O projeto divino da Trindade vai realizar, por misericórdia, avinda do Salvador para ser Bom Pastor que nos procura e pega ao colo, para ser Bom samaritano que nos cura e olha com misericórdia. Podemos dizer: “Vem aí a Misericórdia da pessoa do Menino”. Apreciar esta vinda de Deus para assumir nossa carne, para ser “um de nós” como acto de profunda misericórdia. Faz-Se homem para que nós sejamos “deuses”.Até esta maravilha vai a misericórdia que se debruça e vem ao nosso encontro. Viver o Advento em misericórdia significa também vivê-lo em caridade com os outros, em preparar o Natal dos pobres e marginais, a construir paz nas famílias, a unidade na paroquia, nas comunidades, nos grupos, etc. Preparar o Natal em caminhada séria e comprometida sendo misericordiosos como o Pai.

MISERICÓRDIA QUE CURA.

No Advento vamos ouvir muitos Evangelhos que relatam curas. O profeta Isaías diz que o messias vem para curar: cegos vão ver, leprosos vão ser curados, coxos e paralíticos vão andar. A misericórdia quer um reino messiânico de cura. Sobretudo cura interior, cura da alma e do coração, da vontade e da afectividade. Somos doentes: orgulho, vaidade, amor  próprio, soberba, egoísmo, ciúme, inveja, crítica, apegos desordenados, rancor, ect. Mas Ele vem para curar pois a graça é medicinal, a misericórdia quer curar-nos. Caminhar com Advento com o coração atento à necessidade da cura interior. Caminhar em desejo de ser curado. Caminhar atento no exame de consciência diário ao progresso na cura interior, que conduz à santidade e é fruto da misericórdia. Ser humilde e perceber que preciso desta cura. Quando mais me deixar curar pela misericórdia tanto mais santo e eficaz será meu apostolado, minha vida, meu trabalho, minha missão.

APRENDER COM DEUS MISERICORDIOSO


O Pai é um Deus misericordiosos e compassivo, clemente, lento a irar-se. Jesus, o “rosto do Pai”, rosto da divina misericórdia não fez outra coisa do que exercer, com seu Coração debruçado sobre a miséria, a arte divina da misericórdia. Bom e misericordiosos com as crianças,  os doentes, os pecadores, as adulteras, os publicanos, a multidão com fome, etc. Sente com-paixão, porque vive apaixonado pelo seu povo, por cada pessoa O rodeia e vem ao seu encontro. Como imitar este Jesus, que nos ama com amor louco e misericordioso? Como incarnar em nós essa misericórdia para termos sempre o coração debruçado sobre a miséria? Desde as lágrimas que chora, desde o pão que reparte, desde os olhares que tem, desde os apelos que faz, desde o sangue que vai verter como prova máxima do amor, Jesus está sempre em estado de misericórdia. Como podemos e devemos imitá - Lo? Que jeito dar à minha vida: palavras, gestos, partilha, compreensão, generosidade, etc. para viver em misericórdia como o Pai é misericórdia?

Pe. Dário Pedroso SJ
Noite de Misericórdia em Carnaxide, 05.12.2015
na ocasião da Semana Missionária!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Thanks Lord Father


Lord, second by second the new year aproches our door steps. The 2014 goes and the year 2015 immediately steps in. The year that will come to pass leaver behind beautiful memories for me to treasure.Lord, old these memories reveal to me your blessingns and your love through out my journey this year. Before i say good bye to the year name and give thanks for all theses blessings that I experience through this congregation, through the sisters of this Region as well as my own Regiaon, through my community, Sr. Ma. José, Sr. Vidhya, and through my family in East Timor, through all the people I encounter in this year´s journey.They strenghten my vocation to fallow your Son Jesus Christ.Lord, I entrust all of them into your loving hands, so that you will lead us all into the year of 2015. May you journey with us every step of the way, revealing to us your Holy will, ang susteining us with your blessings for the challenges ahead. May our lives continue to proclaim your Love and Mercy to all...Amen.

Portugal, Odivelas, 31-12-2014 (By Ir. Mendes, SSpS-Missionárias Servas do Espírito Santo)